28
Jan
a
13
Mar
MATÉRIA(S)
EXPOSIÇÃO COLECTIVA
Jorge Maciel, O amor não cai do céu como as pipocas, 2010

Jorge Maciel, O amor não cai do céu como as pipocas, 2010

Artistas: Frederico Ferreira, Jorge Maciel, Pascal Ferreira, Pedro Cabral Santo e Tiago Carneiro da Cunha

Vivemos num tempo não-linear, onde as coisas acontecem simultaneamente em diferentes lugares. A escultura provavelmente mudou mais nos últimos trinta anos do que em qualquer outro tempo da sua história, e ela mudou porque nós mudámos; a complexidade e invenção do mundo contemporâneo combinou em igual com a invenção e complexidade da escultura contemporânea.
Se admitirmos a ideia de que a escultura vive uma época presente de difícil identificação, talvez porque esteja dividida em múltiplas disciplinas, e também porque os seus conceitos operativos convencionais se tornaram cada vez mais discutíveis, os limites da escultura, ao perderem características de universalidade, levou o seu ofício para outro “espaço”, nomeadamente espaços de “fronteira e de novos territórios” (Foster).
Verificamos também, por outro lado, que o expandido campo da escultura (Kraus), assim designado,
tem mostrado uma enorme energia, e fulgor – por vezes, parece que nunca houve tanta escultura como agora. Escultura intrometida com o quotidiano, com a ciência, com a investigação, de onde ressalta o imaginário pessoal, desenvolvendo-se uma nova combinação entre a própria escultura e os novos desafios – sentidos múltiplos. Assim, e apesar das transformações e reformulações em torno da escultura, podemos sempre contar com o aparecimento de uma ideia “nova” que lhe é autêntica.

O resultado desta exposição é uma vasta – diversa – mostra de arte contemporânea em três dimensões; num contexto de divergentes obras de diferentes artistas – escultores -, a exposição apresenta ao espectador um trajecto que envolve matérias, formas, técnicas e conceitos.

Janeiro de 2010

Publicado a 29 de Janeiro de 2010