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SYNCHRONICITY | UMA EXPOSIÇÃO DE PARTILHA

9 Abril – 20 Maio 2022

 

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Pedro Cabral Santo apresenta novas obras, convidando ainda cinco artistas atuando de forma independente: Joana Sá, João Timóteo, Luís Alegre, Rafael dos Santos, Susana de Medeiros.

A exposição pretende ser uma doce utopia, uma simples ideia disfarçadamente complexa, mas empenhada em atingir a perfeição, como uma droga dura, um puro ato religioso, uma desesperada atitude de consumo de um valor absoluto.

Synchronicity é pois uma exposição que tem em conta o tempo ecológico contemporâneo, que implica, nomeadamente, o nosso papel como artistas em torno de problemas tão presentes como aqueles que dizem respeito à situação reinante nas nossas sociedades atuais – problemas relacionados com o uso da tecnologia em todas as suas vertentes, desde o aparecimento de fenómenos ligados às Cinturas Urbanas, à falta de Atenção e Objetividade, à Mutilação e Banalização do Olhar, a exploração da Assertividade e no final o que nos sobra de Humanidade.

Pedro Cabral Santo

 

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Pedro Cabral Santo (Lisboa, 1968) é licenciado em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e doutorado em Belas-Artes (especialidade Imagem) pela mesma Faculdade. Atualmente, é professor Auxiliar na Universidade do Algarve, onde lecciona na Licenciatura de Artes Visuais, da qual é também o diretor. Foi também vice-diretor do doutoramento em Comunicação, Cultura e Artes (2015-2019). Em paralelo, nos últimos 20 anos, tem vindo a desenvolver as atividades de artista plástico e comissário de exposições, destacando-se os eventos Tilt (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa), O Pedro e o Lobo (Museu do Neo-realismo, Vila Franca de Xira), Il Communication (com Carlos Roque, Sala do Veado, Lisboa), X-Rated/Autores em Movimento (Galeria ZDB, Lisboa), O Império Contra-Ataca (co-comissariado, Galeria ZDB/Institulo La Capella (MACBA), Lisboa e Barcelona), Fernando Brito 1983-2010 (Centro Cultural Vila Flor, Guimarães) e Manuel Vieira – CASA (Cordoaria Nacional, Lisboa). Recentemente expôs no Museu do Chiado (2011) a obra Sem Dó, com Ré (homenagem a Sá de Miranda), trabalho incluído nas comemorações dos painéis de São Vicente de Nuno Gonçaves, realizado em parceria com a artista Lula Pena e o projecto (triptico) Unconditionally (Colégio das Artes, Coimbra), Absolutely (Plataforma Revólver, Independent Art Space, Lisboa) e Unforeseeable (Ruínas de Milréu, Estói, Faro).

 

Joana Sá nasceu em Mirandela em 1993. Passou grande parte da sua vida em Faro, cidade onde completou os seus estudos na Licenciatura em Artes Visuais e na Pós-Graduação em Artes Visuais e Performativas na Universidade do Algarve. Atualmente reside e trabalha no Porto, local onde se formou no Mestrado em Artes Plásticas – Especialização em Desenho na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com o projecto «Lapso: o desvio na imagem.». Pertence à Associação 289, colectivo de artistas que promove eventos de arte contemporânea na região do Algarve. Participou em várias exposições desde 2013, a destacar a “Octagonal” na Galeria Trem em Faro (2017), a “289 – Um Projecto de Pedro Cabrita Reis” na Associação 289 em Faro (2018) e a “Noroeste- Sudeste: Novas Perspetivas em Desenho” na Fundação Júlio Resende: No Lugar do Desenho no Porto (2019). O trabalho de Joana R. Sá desenvolve-se em torno do desenho, explora temas como o desvio, o gesto e a memória, conceitos que deram origem a metáforas entre o Homem e a máquina; o desenho e o código, o orgânico e o mecânico.

 

João Timóteo (Lisboa em 1992) licenciou-se em Design Industrial na ESAD.CR e concluiu o curso de intervenção em película 16mm no ANIM (ArquivoNacional de Imagem em Movimento). Faz parte do coletivo artístico POGO, onde coordena um projecto artístico anual desde 2021 (Projecto QXT.PT, inspirado em D.Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes). Colaborou como responsável técnico e editor vídeo em inúmeras exposições artísticas. O percurso de João Timóteo é predominado pela exploração de meios digitais (vídeo, animação digital, live-streaming etc.), numa prática equidistante entre o cinema, a pintura e mesmo a literatura, assumindo nenhuma, antes a sua singularidade híbrida. Tem apresentado o seu trabalho ao público com alguma regularidade, em instalações e performances onde os meios e suportes utilizados, sobretudo digitais, são submetidos a processos idiossincráticos e de carácter íntimo.

 

Luís Alegre é formado em Pintura e doutorado em Design. Vive e trabalha em Lisboa, desenvolvendo trabalho artístico e de design, bem como editor e professor.  Desde a segunda metade dos anos 90 desenvolve projectos que cruzam múltiplas disciplinas, relacionando o design, a pintura, o vídeo, a edição/publicação de livros de artista e instalações. Foi professor nos cursos de Licenciatura em Cinema, Fotografia e Cinema de Animação na Universidade Lusófona de Lisboa até Fevereiro de 2014, e professor no Mestrado de Design Multimédia na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Coimbra (Colégio das Artes) até Setembro de 2016. Director criativo da Ideias com Peso, atelier de comunicação; director de arte do grupo editorial LeYa (área escolar);  Editor da Stolen Books – Independent Book Publisher; Director do DELLI (Design Lusófona Lisboa); Director da Licenciatura em Design de Comunicação da ULHT, Film and Media Arts Department. Investigador e vice-director do Center for Other Worlds.

 

Rafael dos Santos (Lisboa, 1998) Enquanto frequenta o curso de Cinema da António Arroio, funda a banda Moon Preachers, em 2016, lança dois registos e apresenta-se ao vivo até 2019. Frequenta e abandona o Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, seguindo-se a Escola Superior de Teatro e Cinema, no curso de Design de Cena onde embarca no estudo e na feitura das artes de e com um punho performativo. Participa em pontuais exposições colectivas desde 2017 e a partir de 2020 integrou a programação de alguns festivais e mostras de cinema com Sábàtina, estreado no Festival Indie Lisboa. Utiliza os médiuns, as ideias e a observação como forma de questionar, perfurar e ironizar a forma, o tema, o espaço, o pensamento, as imagens. Não há limites. A pintura, a escultura, o desenho, o cinema, o som, a performance, a escrita, o teatro, são formas de responder aos estímulos propostos por tudo; por todos; pela vida.

 

Susana de Medeiros Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra e em Artes Plásticas pela ESAD_CR, é também bacharel em Belas Artes – BA Fine Arts (Hons) – pela Universidade de Nottingham Trent, Nottingham, Inglaterra. Frequenta atualmente o doutoramento em Artes Plásticas da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Frequenta várias formações na área do movimento e da dança contemporânea – com Clara Andermatt, Filipa Francisco, Madalena Vitorino, Vera Mantero, Silvia Real. Na área da cerâmica destacam-se as formações no C.R.A.T, Porto, na Oficina de Angra, Angra do Heroísmo, Terceira, Açores (em parceria com o AR.CO e a Universidade de Boston), e no âmbito de uma Bolsa do programa europeu Grundtvig, um curso, organizado pela Artists’ Union of Latvia, que funcionou parcialmente nas instalações do Departamento de Cerâmica da Academia de Belas Artes de Riga, na Letónia. Leciona desde 2007 no ensino universitário, na Licenciatura em Artes Visuais (FCHS) da Universidade do Algarve. Artista multidisciplinar (desenho, escultura, vídeo, fotografia e instalação) na sua prática artística tem vindo, nos últimos anos, a abordar o território como um laboratório e levantar questões sobre a construção da ideia de natureza. Entre os locais onde desenvolveu projectos como artista plástica destacam-se Cuenca (Espanha), Maputo (Moçambique), Nottingham (Inglaterra), Nova York (E.U.A.), São Petersburgo (Rússia) e vários locais em Portugal.

Publicado a 6 de Abril de 2022