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Publicado a 29 de Novembro de 2009

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Jornal de Negócios, 27 Novembro 2009

Publicado a 28 de Novembro de 2009

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Dez
Fireworks
Pedro Cabral Santo
Fireworks, 2009, tinta-da-china sobre papel, 2009, 20x18 cm

Fireworks, 2009, tinta-da-china sobre papel, 2009, 20x18 cm

WHEN I HEARD THE LEARN’D ASTRONOMER

Hen I heard the learn’d astronomer, When the proofs, the figures, were ranged in columns before me, When I was shown the charts and diagrams, to add, divide, and measure them, When I sitting heard the astronomer where he lectured with much applause in the lecture-room, How soon unaccountable I became tired and sick, Till rising and gliding out I wander’d off by myself, In the mystical moist night-air, and from time to time, Look’d up in perfect silence at the stars.

Walt Whitman (1819-1892)

Publicado a 20 de Novembro de 2009

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Dimensão Radial
A KILLS B
A Kills B, Dimensão Radial, 2009

A Kills B, Dimensão Radial, 2009

A kills B
Ou A Kills B Kills Lissitzky

Apresenta-se aqui, num espaço de exposição um objecto espaço-exposição.
O lugar do museu foi desde a Revolução Francesa um dos lugares centrais das deambulações críticas no mundo da arte. A crise na relação entre artistas e os espaços de exposição agudizou-se sobretudo com o modernismo, sendo essa crise o reflexo da procura generalizada de um novo paradigma social e funcional para a poética. O espaço de exposição do gabinete abstracto criado em 1927 por Lissitzky, recriado actualmente em Hanôver, é um dos exemplos paradigmáticos na história deste combate político e cultural. Na esteira da derrocada do modernismo (chamemos-lhe então de clássico) no pós-guerra e do triunfo da ironia e da citação que caracterizaram muita da arte do final do século XX, o próprio combate artístico em torno dos espaços de exposição foi por sua vez apresentado num museu (The Museum as Muse, 1999 MoMa) e de algum modo perspectivado nas suas diferentes vertentes como um género artístico entre outros. Como tal foi imediatamente assumido uma das praças fortes da estética conceptual tanto nos seus primórdios como nos seus sucedâneos quase ininterruptamente ensaiados até hoje.
A partir do momento em que se vulgarizou o tipo combativo e empenhado de experimentação sobre alternativas de dispositivos expositivos e a partir do momento onde foi ficando cada vez mais clara a relação tentacular entre formas de dominação e de poder com a cultura, foi crescendo também uma postura de desistência crítica sobre esse mesmo dispositivo. Em Portugal essa desistência é notória, talvez também porque seja fraca a actividade e a qualidade em termos gerais do que e como cá se expõe, apresenta ou provoca. A Kills B propõe-nos aqui um retorno a esta questão ou combate. Renegando o white cube construíram um reduto mid-tone, uma espécie de castelo ou forte. Esta renegação do espaço original da galeria, um quarto normalíssimo, pode inclusivamente ser vivida no espaço-pleura em volta deste reduto. É lá dentro que se apreende desde logo o sinal político desta novíssima aventura sobre o museu como musa; longe de se constituir como uma resposta purificadora como foi a de Lissitzky em 1927, este retorno ao gabinete abstracto de A kills B estabelece-se naturalmente como uma farsa. Por outro lado seria errado em ler-se este trabalho sob uma óptica conceptual com recurso à citação. Este “gabinete abstracto” é na verdade um gabinete abstracto. Os ecos modernistas estão lá no trabalho mais ou menos rigoroso e minimalista de alguns plintos e pinturas apresentadas sobre o espaço construído, mas negado nos acabamentos descuidados e no evidente scavenging dos autores sobre materiais de construção. A violência e a coragem física transparecem aqui e afastam-nos do mundo higiénico de Corbu e seus iguais. Esta recusa não se atira resolutamente ao seu oposto; está ainda longe do meio caminho da cenografia expressionista do Dr. Caligari ou da celebrada javardice punk do kasbah de Meese e Tal R. O gabinete cinza, como num “sono da razão” aponta-nos para uma zona de nevoeiro. A própria indefinição entre a obra total e exposição de “obra” parece constituir-se como um comentário afectivo e interpessoal ao estado de situação actual das artes entendida como permanente rotina de reciclagem.

André Poejo, Novembro de 2009

Publicado a 20 de Novembro de 2009

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Dez
 
Domingos Rego, Copenhaga, 2006, fotografia digital

Domingos Rego, Copenhaga, 2006, fotografia digital

Artistas Convidados: Eduardo Matos, Gustavo Sumpta e Domingos Rego
Curadoria: José Quaresma

Os “objectos ansiosos” que nos interpelam neste espaço são uma simbolização artística plena de ironia e deslumbramento. Quem tem presente o conjunto de obras exibidas publicamente por Pedro Cabral Santo nos últimos anos, reconhece como estas duas motivações são determinantes para a produção do autor.

Porém, tendo como preocupação central uma auto-diferenciação plástica permanente, em função da diversidade de desafios que lhe colocam e que o autor coloca a si mesmo, confronta-nos agora com peças-simulacros dos reveses da tecno-ciência, assinalando com um misto de dor e de prazer o regresso infatigável do homem ao “grau zero” do fascínio pela aventura sideral e pela tele-deslocação.

A partir destas obras, a determinação humana, agora com sombras de sentinelas que brincam com a auto-ilusão do progresso, reaparece ligada ao mítico ímpeto do roubo do fogo ( fire-works) e do saber técnico a Héfaistos e Atena, para nos deixar ironicamente divididos entre estados de ânimo de exaustão empreendedora e a vida novamente em propulsão.

José Quaresma

Publicado a 20 de Novembro de 2009

20
Nov

Untitled-11 copy

Publicado a 20 de Novembro de 2009

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Jan
A State of Affairs
Colectivo Kameraphoto
Sandra Rocha, Tokyo #1, 2009, 30x45 cm
Sandra Rocha, Tokyo #1, 2009, 30×45 cm

Artistas: Alexandre Almeida, António Júlio Duarte, Augusto Brázio, Céu Guarda, Guillaume Pazat, João Pina, Jordi Burch, Martim Ramos, Nelson D´ Aires, Pauliana Valente Pimentel, Pedro Letria, Sandra Rocha e Valter Vinagre

No mês de Julho, entre os dias 20 e 26, treze dos fotógrafos do colectivo [kameraphoto] estiveram em treze diferentes cidades do mundo a colaborar com um jornal local diário, acompanhando um redactor no cumprimento da sua agenda diária. O colectivo acredita ser uma mais-valia para o entendimento da realidade local a possibilidade de trabalhar ao lado de quem a melhor conhece e documenta diariamente, sublinhando a importância da imprensa local e especializada para a existência de um jornalismo livre. (…). A consistência deste projecto provém de cada um de
dos fotógrafos ter ido ao encontro das inquietações locais, definidas por quem as vive e conhece, deixando para trás as suas expectativas, ideias e imagens preconcebidas. Com este projecto, o colectivo [kameraphoto] propõe uma visão comparativa e alternativa e que crê ser mais próxima das preocupações e problemas das populações. Questiona a forma como são editados os acontecimentos quotidianos e fotografadas as notícias a eles referentes e põe em confronto as noções de local e global. O que acontece quando nos afastamos do nosso lugar? um olhar artístico sobre o fenómeno da migração como necessidade cultural, foi o desafio que Alda Galsterer lançou, quando convidou os artistas a participarem nesta exposição. As experiências destes artistas em paises como Alemanha, Brasil, Espanha, França, Grã-Bretanha, Portugal, Suiça e Turquia, apresentam-se de forma multifacetada e multidisciplinar. A exposição reflecte acerca das experiências e mudanças intimas dos artistas. “
 

Publicado a 18 de Novembro de 2009