24
Jun
a
31
Jul

convite_digital

De heróis está o inferno cheio parte de uma discussão colectiva sobre a noção de herói enquanto figura arquetípica do homem. O conceito de herói como ponto de partida para o questionamento da referencialidade na cultura contemporânea, já que no herói figura a idealização humana e o desejo colectivo. A crescente autonomização do sujeito social em detrimento da construção de um sentido referencial conduz a uma alienação histórica e identitária do homem. Por outro lado, o conceito de arquétipo está associado à criação de imagens ideais, regidas por cânones morais e éticas, circunscrevendo-se de uma forma mais abrangente numa lógica de categorização. Neste sentido, colocamos algumas questões que tentamos responder nesta exposição: terá o heroísmo lugar na cultura contemporânea? que género de heroicidade existe actualmente? há heroicidade na prática artística? manifestará o homem de hoje a sede por um protagonismo histórico e dramático?

A interpretação do herói como alguém que se posiciona entre a figura divina e o homem leva incontrolavelmente à exploração de outras problemáticas adjacentes, nomeadamente o posicionamento social, cultural e político do sujeito nos dias de hoje.

Publicado a 25 de Junho de 2010