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convite-verso.ai

Publicado a 23 de Maio de 2014

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O COLAPSO DA CIVILIZAÇÃO
João Fonte Santa


“What will these hands ne’re be cleane? No more o’that my Lord, no more o’that: you marre all with this starting (…) Heere’s the smell of the blood still: all the perfumes of Arabia will not sweeten this little hand. Oh, oh, oh”
The Tragedy of Macbeth – William Shakespeare

O Colapso da Civilização é o título da mais recente apresentação de trabalho de João Fonte Santa. Trata-se de uma exposição de arqueologia futurista, onde temos acesso aos vestígios calcificados da civilização, embalados e catalogados, momentos antes do seu eminente colapso. Uma Pompeia radioativa, cibernética, neoliberal, sob um céu 3D.
O Colapso da Civilização é um pot-pourri visual de uma sociedade que se pensava invulnerável e que acreditava que a eternidade se resumia àquele breve instante de gravidade zero em que o Mundo é perfeito!

Como em todas as histórias esta exposição começa com uma frase: “Há muito, muito tempo atrás numa terra muito distante…”

Na senda das mais recentes propostas expositivas onde, como curador e artista, João Fonte Santa questionou e trouxe a debate o atual contexto sociopolítico internacional com um olhar interventivo e crítico, esta exposição traz nova produção, em formatos inéditos, sobre papel e sobre tela, onde política, humor, ironia e visões apocalípticas se abraçam.


BIOGRAFIA

João Fonte Santa ( Évora, 1965) Vive e trabalha em Lisboa.
Estudou Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Começou por dedicar-se à produção de banda-desenhada underground. Lentamente, contudo, o seu trabalho afirmar-se-ia no campo da pintura, tendo começado a expor desde meados dos anos de 1990.
Trabalhando a partir de um extenso banco de imagens e referências provindas sobretudo da cultura pop, a obra de Fonte Santa é o resultado de uma visão acutilante e particularmente crítica do mundo.
Das suas exposições coletivas, destacam-se: Rádio Europa Livre (2011, Plataforma Revólver); O Declínio do Mundo pela Magia Negra (Casa das Artes, Tavira); Dive in (2013, Plataforma Revólver); O Fim da Violência (2013, Casa Bernardo, Caldas da Rainha); Nós (2014, Plataforma Revólver). Das suas exposições individuais, destacam-se: O Crepúsculo Dos Deuses (Galeria VPF Cream Art, Lisboa); Pintura Para Uma Nova Sociedade (Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira); O Aprendiz Preguiçoso, Festival Sonda (Atelier-Museu António Duarte, Caldas da Rainha); Frozen Yougurt Potlash (Galeria VPF Cream Art, Lisboa).

Publicado a 15 de Maio de 2014

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Art Stabs Power – que se vayan todos!

António Lago e Susana Chiocca; Angela Tiatia; Fernando J. Ribeiro; Filipe Marques; Hugo de Almeida Pinho; Inês Teles; Joana Gomes; Joao Vilhena; Manuel Santos Maia; José Almeida Pereira; Jorge André Catarino; Paulo Mendes; Paul Eachus e ART PROTESTERS (Alexandre Sequeira Lima, André Fradique, Beatriz Albuquerque, Brigitte Dunkel, João Aires, João Bacelar, Joao Vilhena, João Galrão, Natércia Caneira, Raquel Freire)

Curadoria Inês Valle

Nestes últimos anos Portugal tem vindo a enfrentar uma crise financeira que veem a destabilizar e questionar as fundações do sistema dito democrático. O papel do estado seria o de garantir a estabilidade do país e o bem estar da sua população. No entanto, os interesses económicos globais ainda falam mais alto que os valores éticos e morais para subservir uma união europeia, que supostamente trabalha para o bem comum, desvalorizando a identidade do país e penalizando os verdadeiros interesses nacionais. Do ponto de vista de Giorgio Agamben, vivemos um estado de excepção permanente em que o poder executivo absorveu os poderes judiciais e legislativos, mas onde se continuam a dar lições sobre a separação dos poderes. Hoje, a democracia é um déspota flutuante, ou seja, deste conceito pode se também dizer que é um significante despótico no discurso político contemporâneo: ocupa a quase totalidade do espaço ideológico e geográfico. (…)

A flutuação do significante [democracia] enquanto princípio e realidade, enquanto forma e conteúdo da política, enquanto tipo de política e tipo de sociedade ou mesmo enquanto tipo humano, forma uma estrutura complexa na hegemonia política actual, presente desde o senso comum ao discurso político-intelectual.
A entrada de Portugal na União Europeia (UE) impulsionou o desenvolvimento do país, influenciado por exigências ou investimentos provenientes da UE, bem como pela abertura económica de Portugal aos restantes Estados Membros. Produtos financeiros tóxicos em certos casos e noutros investimentos, sob a forma de Fundos, incidiram principalmente nos países menos desenvolvidos, como Portugal, Espanha, Grécia, Itália, Irlanda ou Islândia.(…) Curiosamente, parte dos países referidos, são os que hoje formam os PIGS, países erroneamente aclamados como “causadores” ou catalisadores da crise económica Europeia. Mas, agora podemos levantar algumas questões: Até que ponto não terão estas políticas forçado os países a abdicar das suas principais formas de subsistência? Até que ponto não terão sido as medidas impostas pela própria UE a tornarem Portugal e os demais países subsídio-dependentes? Até que ponto não terão sido essas medidas responsáveis pelo despoletar da crise económica com que agora nos deparamos? Amigos, democracia e capitalismo não são irmãos gémeos como se quer fazer crer.

(…) o Fundo Monetário Internacional (FMI), um órgão que se “especializa” na aplicação de medidas drásticas a países que foram forçados a aceitar um pacote de pagamentos para equilibrar o seu défice. Olhando retrospectivamente para a história, a credibilidade deste órgão é deveras duvidosa… A Argentina foi uma das vítimas da aplicação de medidas impostas pelo FMI, que afundaram o país numa espiral de recessões económicas sem fim à vista. Eventualmente, foi a própria população que demonstrou a sua revolta em inúmeras e violentas manifestações que evocavam “Que se vayan todos!” (todos daqui para fora), exigindo o expurgo de todos os políticos e financeiros internacionais que colocaram o “país de joelhos”. Farta de corrupções políticas e sofrendo o impacto destrutivo da sua dívida externa, a população exigiu mais controlo sobre a sua economia nacional. (…). “A democracia é a abstração monetária como organização da pulsão de morte” escreve Alain Badiou.

(…) Similarmente, Portugal encontra-se hoje numa caótica espiral de recessão com a aplicação de sucessivas políticas de austeridade impostas à população assistindo-se a um crescente aumento de impostos e sucessivos cortes orçamentais. Os serviços públicos básicos, como a Saúde e a Educação, têm enfrentado reduções drásticas nos seus orçamentos. O Governo não deveria perpetuar uma continua usurpação direitos, como nitidamente observamos na escassez do nosso estado social. (…) Num país em que não se valoriza nem se respeita convictamente a Cultura, sendo esta encarada com superficialidade e mesmo considerada como área desnecessária à vida humana por um governo que se diz pautar por medidas democráticas, não foi com estranheza que os artistas assistiram à extinção do Ministério da Cultura e à subsequente penalização destes sectores… (…) Como Jacques Rancière afirma “os que se creem astutos podem sempre dizer que a igualdade não é mais do que o doce sonho angélico dos imbecis e das almas sensíveis… Não há serviço que se execute, não há saber que se transmita, não há autoridade que se estabeleça sem que o amo ou o mestre tenham, por pouco que seja, falado de “igual para igual” com aquele que comandam ou instruem.” Procura-se assim fugir aos perigos utópicos da ideia de uma democracia purificadora da sociedade. A enxurrada democrática é impura, não desagua no fim da política. A sua força residirá na capacidade de mobilizar a vontade de emancipação em tempos de cinismos e desilusões. Não se trata apenas nem principalmente do sonho de uma irrupção imprevisível da democracia verdadeira como “acontecimento” mas da força concreta com que esta ideia ajuda à corrente política mais ou menos subterrânea que é a política dos oprimidos. E da necessidade de avaliar esta força analisando que estratégias carrega em si, que eficácias tem tido, que efeitos contra-hegemónicos. Neste contexto a arte surge como móbil dialético de verbalização de protesto. Encoraja-se a audiência pressentir e percepcionar a realidade sociocultural em que vive para poder direcionar a sua autonomia de deliberação no meio destes contínuos jogos de poder.

EN/// In the recent times, specifically in the aftermath of the worldwide financial crisis, we have been starting to observe in the Portuguese population a shift in societal behaviours, becoming united facing the several policies of austerity imposed by international organizations. The population have been driven to the abyss’s verge, precariously surviving without any envision of a prosperous future, manifesting their frustration against the government’s decisions, which is mostly corrupt and blatantly meanders through a system of lobbies.

“ART STABS POWER – Que se vayan todos!” is an exhibition focusing on the several policies of austerity imposed to Portugal, its impacts in Society and in the Arts. Art has always remained a critical and conscious platform reflecting upon the local social and political issues that consequentially mirror global politics and international interests. Thus it explores the current interrelationships between art, activism and politics through several art projects. These projects use performance, installation, video, painting and objects as mediums of manifestation and/or reflection on the current austerity policies that have brutally impacted the lives of the Europeans and Portuguese people as well as the future of their country.

Publicado a 15 de Maio de 2014

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Estado de Sítio
Coletivo Tempos de Vista
Inês Teles, Joana Gomes, Margarida Mateiro, Maria Sassetti e Xana Sousa

A premissa global do coletivo Tempos de Vista é a confluência de diversas perspetivas de um mesmo Lugar, sob um olhar artístico, consciente da importância histórica e cultural que os espaços tomam na comunidade.
Praticamos uma abordagem holística do projeto, que se constrói através da interdisciplinaridade dos médios e transversalidade das referências e conteúdos conceptuais moldando-se às condições do Lugar, aos que habitam a sua periferia e à própria coletividade. Embora no presente contexto, e tendo em conta as características do espaço expositivo, pudéssemos ter explorado novas direções que não necessariamente o Lugar, reencontrámo-nos por via dos interesses individuais, numa ideia a si associada: uma noção de Espacialidade. Ou seja, abraçando este desafio, o coletivo delineou como premissa da exposição o conceito de espacialidade, na sua pluralidade. Assim, um dos seus desdobramentos inicia-se na própria geografia do espaço, explorando-se a ideia de mapeamento no sentido de encontrar as coordenadas que definem a sua geometria. Consequentemente, a esta proposição surge associado o posicionamento de um corpo no espaço, a noção de escala e a experiência sensorial.
O percurso expositivo desenha-se a partir de um diálogo sequencial entre as obras individuais, que convidam o espectador a participar, por um lado, pela atuação da sua memória corporal direta e, por outro, através do reconhecimento de elementos que despoletam memórias do foro coletivo. Estas duas noções de memória concretizam-se em dois patamares: Cinestesia, termo que nomeia o conhecimento empírico do sujeito face à ação motora necessária à sua orientação, equilíbrio e deslocação no espaço; e Sinestesia, semântica que designa a união de distintos planos sensoriais, pela atribuição linguística de adjetivos que pertencem a outros sentidos.
A proposta do coletivo vive de paralelismos e duplicidades entre os conceitos desenvolvidos, nomeadamente, da parte para o todo/do uno para o múltiplo; dos vários tempos da memória – tempo simultâneo/tempo passado; de Cinestesia e de Sinestesia; de espaço físico e de espaço simbólico-abstrato.

Publicado a 14 de Maio de 2014

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Por teu livre pensamento
João Pina

A exposição «Por teu livre pensamento» reúne o trabalho fotográfico de João Pina, desenvolvido durante o período de entrevistas efectuadas a ex-presos políticos portugueses, presentes no livro com o mesmo título.

As quarenta provas aqui trazidas a público exibem os fotografados enquadrados em locais associados à sua própria história de resistentes antifascistas ou, em alternativa, em locais relacionados com a actividade que presentemente desenvolvem.
Este trabalho acaba também por constituir um verdadeiro roteiro da memória, de pessoas e locais marcantes em todo o contexto da luta revolucionária, mas mais do que ex-presos políticos fotografados em diferentes enquadramentos, no trabalho de João Pina estão representadas quatro décadas de luta contra a ditadura e, em somatório, mais de 104 anos de encarceramento de portugueses que repartem o “crime” de ter pensado de forma diferente da instituída e, de terem ousado agir de acordo com essas convicções.

A relação entre a fotografia e a preservação da memória é óbvia e de fácil constatação. No entanto, não se pode deixar de recomendar uma observação mais atenta de alguns pormenores que poderão escapar a um olhar menos precavido.
Atente-se que, enquanto alguns dos retratados conseguem esboçar um sorriso quando, perante a câmara de João Pina, acederam recriar as célebres fotos de frente-perfil-três quartos que davam um rosto às fichas e cadastros da PIDE, para outros, mais de 30 anos após a queda do regime que os enclausurou e torturou, os traumas e hábitos causados pelas duras experiências a que estiveram submetidos parecem ainda não estar ultrapassados. Tal é facilmente constatável com um mero exercício de comparação das expressões adoptadas por muitos destes ex-presos políticos perante os “fotógrafos” da polícia política com as assumidas na produção deste trabalho, expressões fechadas que muitas das vezes, tinham por objectivo dificultar uma posterior identificação quando lograssem voltar a conquistar a liberdade.

Como co-autor do projecto «Por teu livre pensamento» tive naturalmente o privilégio de acompanhar o João Pina ao longo de parte substancial do trabalho agora exibido. Fui assim testemunha privilegiada do firme empenho e da paixão que coloca no seu trabalho, características que já lhe valeram a obtenção de merecidos reconhecimentos na área da fotografia. Neto de presos políticos, bisneto do “fotógrafo oficioso” a quem se devem as imagens que ainda hoje permitem documentar qualquer trabalho sobre o sinistro campo do Tarrafal, mais do que fechar um ciclo, este projecto aponta um rumo para o que pode ser feito pela preservação e transmissão da memória às gerações que não conheceram a ditadura.

Que não se esqueça para que não volte a acontecer.

Rui Galiza

Publicado a 13 de Maio de 2014

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Think | Act | Form – materials, origins and affinities
Ana Rosa Hopkins

Curadoria: Victor Pinto da Fonseca

PT/// A Plataforma Revólver recebeu Ana Rosa Hopkins no Edifício Transboavista, para a residência artística da primavera de 2014. Entre abril e maio a artista realizou trabalho específico para o espaço Plataforma Revólver HOTEL. A residência da Ana Rosa Hopkins na Plataforma Revólver, em Lisboa, criou a possibilidade da artista reunir diferentes ideias sobre as quais a sua prática se centra e se confronta; mas permitiu também a exploração e o uso de matérias e objetos que a artista nunca havia antes desenvolvido. A exposição no espaço HOTEL foi a ocasião perfeita para a artista trabalhar no contexto da cidade de Lisboa, na pesquisa dos ambientes que vivenciou, o que lhe permitiu a utilização e articulação – em boa parte – dos materiais agora apresentados em permanente diálogo com as suas ideias e a sua prática conceptual. Quer isto dizer que a residência permitiu à artista refletir sobre a prática no local (site-specific), através de uma noção mais abrangente da produção artística e também de se interrogar sobre o fazer e sobre os diferentes significados do ‘fazer’. Fazer qualquer coisa, não importa com que objecto ou material, foi a ideia desenvolvida no âmbito desta exposição apresentada em Lisboa, no Hotel da Plataforma Revólver. É caso para dizer que a artista britânica, estabelecida em Manchester, encontrou recordações de outra natureza no contacto e na sua relação com a história da cidade de Lisboa, que influenciaram com sinceridade o seu espírito e a sua prática, ao longo do período de quatro semanas da sua permanência ininterrupta no Transboavista.

Ana Rosa Hopkins (nascida em Córdoba, Argentina) é doutoranda no MIRIAD (Instituto de Investigação e Inovação em Arte e Design), na Manchester Metropolitan University intitutlado “The back-story in contemporary sculptural practice: material, history and action and the legacy of Joseph Beuys”. Tem apresentado os seus trabalhos em exposições individuais e coletivas, entre Alemanha, Finlândia, Portugal, Espanha e Brasil. Tem recebido diversos prémios no Reino Unido e em 2013 foi artista convidada na Ebenbockhaus, pelo Município da cidade de Munique. Em 2014, foi premiada com residências e exposições na Plataforma Revolver, Lisboa e a Real Fábrica de Cristales de La Granja, Segóvia, Espanha.

A residência na Plataforma Revólver realizou-se com o apoio do Edifício Transboavista, da MIRIAD e da CML.

EN/// Plataforma Revólver is pleased to host Ana Rosa Hopkins in the Transboavista building for the spring artist residency programme. Between April and May the artist presents series of new specific works for the Plataforma Revólver HOTEL. The residency for Ana Rosa Hopkins at Plataforma Revólver in Lisbon gave her the opportunity to bring together different ideas around the focus and challenges of her practice; but also allowed the exploration and use of materials and objects which the artist had never worked with before. The exhibition at the Plataforma Revólver HOTEL was the perfect moment for the artist to work within the context of the city of Lisbon and explore the environments she experienced, allowing her in many of the works to express a constant dialogue between the materials used and her ideas and conceptual practice. This means that the residence allowed the artist to reflect on the site specific through a broader notion of artistic production and to question the making process and the different meanings of ‘making’. The idea developed in the context of this exhibition presented at Hotel Plataforma Revólver, Lisbon was to do anything, no matter with what object or material. That is to say that the British artist currently living in Manchester came across other types of memories in her contact and relationship with the history of the city of Lisbon, which strongly influenced her spirit and practice over her four weeks uninterrupted stay in Transboavista.

Ana Rosa Hopkins (born in Córdoba, Argentina) is currently undertaking a PhD by Practice in MIRIAD, Manchester Institute for Research and Innovation in Art & Design at Manchester Metropolitan University
entitled “The back-story in contemporary sculptural practice: material, history and action and the legacy of Joseph Beuys”.
She has presented her work in solo and group exhibitions, including Germany, Finland, Portugal, Spain and Brazil and has received several awards in the UK. In 2013 she was a guest artist at Ebenbockhaus in Munich at the invitation of the Municipality. In 2014 she was awarded residencies and exhibitions at Plataforma Revolver, Lisbon, and the Real Fábrica de Cristales in La Granja, Segovia, Spain.

The residence at Plataforma Revólver is supported by Transboavista, MIRIAD and CML.

Publicado a 12 de Maio de 2014