O COLAPSO DA CIVILIZAÇÃO
João Fonte Santa
“What will these hands ne’re be cleane? No more o’that my Lord, no more o’that: you marre all with this starting (…) Heere’s the smell of the blood still: all the perfumes of Arabia will not sweeten this little hand. Oh, oh, oh”
The Tragedy of Macbeth – William Shakespeare
O Colapso da Civilização é o título da mais recente apresentação de trabalho de João Fonte Santa. Trata-se de uma exposição de arqueologia futurista, onde temos acesso aos vestígios calcificados da civilização, embalados e catalogados, momentos antes do seu eminente colapso. Uma Pompeia radioativa, cibernética, neoliberal, sob um céu 3D.
O Colapso da Civilização é um pot-pourri visual de uma sociedade que se pensava invulnerável e que acreditava que a eternidade se resumia àquele breve instante de gravidade zero em que o Mundo é perfeito!
Como em todas as histórias esta exposição começa com uma frase: “Há muito, muito tempo atrás numa terra muito distante…”
Na senda das mais recentes propostas expositivas onde, como curador e artista, João Fonte Santa questionou e trouxe a debate o atual contexto sociopolítico internacional com um olhar interventivo e crítico, esta exposição traz nova produção, em formatos inéditos, sobre papel e sobre tela, onde política, humor, ironia e visões apocalípticas se abraçam.
BIOGRAFIA
João Fonte Santa ( Évora, 1965) Vive e trabalha em Lisboa.
Estudou Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Começou por dedicar-se à produção de banda-desenhada underground. Lentamente, contudo, o seu trabalho afirmar-se-ia no campo da pintura, tendo começado a expor desde meados dos anos de 1990.
Trabalhando a partir de um extenso banco de imagens e referências provindas sobretudo da cultura pop, a obra de Fonte Santa é o resultado de uma visão acutilante e particularmente crítica do mundo.
Das suas exposições coletivas, destacam-se: Rádio Europa Livre (2011, Plataforma Revólver); O Declínio do Mundo pela Magia Negra (Casa das Artes, Tavira); Dive in (2013, Plataforma Revólver); O Fim da Violência (2013, Casa Bernardo, Caldas da Rainha); Nós (2014, Plataforma Revólver). Das suas exposições individuais, destacam-se: O Crepúsculo Dos Deuses (Galeria VPF Cream Art, Lisboa); Pintura Para Uma Nova Sociedade (Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira); O Aprendiz Preguiçoso, Festival Sonda (Atelier-Museu António Duarte, Caldas da Rainha); Frozen Yougurt Potlash (Galeria VPF Cream Art, Lisboa).